quinta-feira, 27 de maio de 2010

PLANO GREGO DE AUSTERIDADE PARA RECEBER AJUDA DA UNIÃO EUROPEIA

1. Aposentadorias. A idade legal (65 para homens e 60 para mulheres, no momento) será relacionada com a expectativa de vida. O período de trabalho, a fim de ter a
aposentadoria plena, passará de 37 anos (2010) para 40 anos (2015). A base de cálculo dos proventos da aposentadoria levará em conta a média salarial dos anos trabalhados e não mais o último salário.

2. Setor público. O congelamento dos salários, já em vigor, se estenderá até 2014. Serão suprimidos ao 13º e 14º meses de salário na função pública para os funcionários que ganham mais de 3.000 euros mensais. Para os que ganham menos de 3.000 euros, os valores de tais salários terão o teto de 1.000 euros. Diversos outros benefícios salariais, que percebem os funcionários e que representam parte importante de sua remuneração total, sofrerão uma redução de 8% (além dos 22% já em vigor).

3. Sistema tributário. A TVA (ICMS) aumentará dois pontos percentuais (de 21% para 23%). As taxas incidentes sobre combustível, álcool e fumo terão um incremento adicional de 10%. O governo poderá ainda criar um imposto adicional para as empresas mais rentáveis e ampliará a fiscalização imobiliária.

4. Investimentos públicos. Prevê-se a redução do conjunto dos investimentos públicos (sem mencionar cifras ou percentuais), bem como a liberalização dos mercados de transporte e energia e ainda, a "abertura" de profissões fechadas.

5. Setor privado. Um novo salário mínimo será aplicado para os jovens e os desempregados de longo prazo. Será revista a legislação que proíbe as empresa de despedirem mensalmente mais de 2% de seus efetivos totais. Outras modificações serão introduzidas para baixar as indenizações por demissões.

''Poder da China irá além da economia''

Cláudia Trevisan, PEQUIM - O Estadao de S.Paulo

Autor do livro When China Rules the World (Penguin Books, 2009), o jornalista e acadêmico britânico Martin Jacques acredita que a China assumirá em breve uma posição dominante no mundo, quando exercitará o "complexo de superioridade" desenvolvido nos 2 mil anos de história dinástica. Leia a entrevista concedida ao Estado, de Londres, por telefone:
Quão distantes nós estamos do momento em que a China vai "dominar" o mundo?

O título do livro não deve ser interpretado lateralmente. When China Rules the World ("Quando a China Dominar o Mundo", em tradução livre) refere-se ao período em que a China será o país mais influente do mundo. Os EUA estão numa clara e irreversível trajetória de decadência e há dois fenômenos por trás deste processo. O primeiro é a mudança do centro de gravidade global, com a emergência do mundo em desenvolvimento, com países como China, Brasil e Índia. O segundo são os problemas domésticos americanos: endividamento, encolhimento da capacidade industrial e crise de sua posição financeira no que diz respeito ao dólar, a moeda usada como reserva de valor pelo mundo.Teremos cerca de 20 anos nos quais os EUA vão se ajustar a uma nova ordem da qual não serão mais o arquiteto, promotor ou beneficiário. Haverá a emergência de outros países, dos quais a China será o mais poderoso.

Em que um mundo influenciado pela China será diferente?

Nós ainda não temos a resposta, em parte porque estamos falando do futuro, mas também porque é algo desconhecido. Nunca vimos uma mudança como esta. Desde a Revolução Industrial britânica, a partir de 1780, o mundo foi dominado primeiro pela Europa e depois pelos EUA. Ou seja, sempre pelo Ocidente. Agora, vemos algo absolutamente distinto, que é a mudança de poder global em direção à Ásia, especificamente em direção à China e, secundariamente, em direção à Índia. Será a primeira vez em que o poder hegemônico não será ocidental.

Até agora, a emergência da China só tem sido discutida em termos econômicos. Isso significa que a China não terá influência política, cultural e intelectual?

Não, esta é uma visão estreita da realidade. Só discute-se a questão econômica porque as pessoas ainda acreditam que a China vai se ocidentalizar. Há uma visão generalizada de que existe apenas uma modernidade, que é a ocidental. Na verdade, a modernidade chinesa será, em vários aspectos, totalmente distinta da ocidental. Ela se manterá distinta, porque a modernidade é um reflexo da história e da cultura, e não apenas da concorrência tecnológica ou de mercado. A história moderna da China foi interpretada em termos ocidentais. Nós temos uma limitação intelectual na tentativa de entender o que a emergência da China significa.

O sr. menciona no livro o "complexo de superioridade" que ao longo da história imperial - que durou até 1911- marcou a relação da China com o mundo. Como este complexo pode influenciar o comportamento de uma China influente?

Este é o ponto crucial. Não é que outros países não tenham essa noção de superioridade, mas ela é bastante peculiar na China. À diferença de outros países populosos, como Índia, EUA, Brasil e Indonésia, 92% dos chineses se veem como integrantes de uma única raça, a dos chineses han. E isso em uma população de 1,3 bilhão de pessoas. A razão é que a China e a civilização chinesa têm uma existência extremamente longa, especialmente na parte centro-leste do país - o oeste veio muito mais tarde. As diferenças, as fronteiras e as distinções entre as pessoas diminuíram a ponto de todos verem a si mesmos como chineses han. Isso é combinado com uma longa história na qual a civilização chinesa foi particularmente bem sucedida. Os chineses viam a si mesmos como detentores da maior civilização do mundo e descreviam a China como a terra dos céus, o que deu a eles um forte sentimento de identidade e superioridade cultural. A China dinástica se via como o Império do Meio, o centro do universo, e desprezava os que estavam ao redor. A China era o centro do mundo e os demais, bárbaros. O que não sabemos é como esse sentimento de superioridade cultural vai se expressar no período de globalização. Mas sei que não será uma repetição da experiência ocidental. O sentimento de superioridade dos chineses é mais profundo do que era o dos europeus durante o período colonialista.

Recentemente, a China tentou impedir líderes globais de se encontrarem com o dalai lama ou com a líder uigur Rebiya Kadeer. Essa é uma prévia da maneira como a China irá se relacionar com o restante do mundo?

Acredito que sim, mas é necessário colocar essa questão em contexto. A China considera Xinjiang (província habitada pelos uigures) e o Tibete como partes de seu território e vê o relacionamento de qualquer país com pessoas hostis a seus interesses como uma interferência em seus assuntos internos. Ainda que a China não tenha sido expansionista no sentido europeu, ela se expandiu em seu próprio continente. Durante a dinastia Qing , Tibete e Xinjiang foram incorporados à China, o que dobrou o território do país. Os chineses han têm um conceito muito frágil de diferença cultural. Quando se trata de reconhecer diferenças religiosas, culturais e linguísticas, os chineses han têm uma mentalidade de assimilação, que é exatamente como a China foi construída, em um processo extremamente longo. Historicamente, a China viu-se como a terra dos céus e não interferiu no restante do mundo. Mas como uma China poderosa vai tratar um mundo definido pela diferença cultural? Isso me preocupa ainda mais do que a questão da democracia em si.

Qual será o impacto sobre valores liberais como liberdade individual, império da lei e liberdade de imprensa?

''China será o primeiro caso desde a Revolução Industrial em que o poder hegemônico não terá características ocidentais''
26 de outubro de 2009 | 0h 00

Nós estamos entrando em um mundo cultural complicado, no qual valores ocidentais vão ser contestados de uma nova maneira, com a emergência de novas culturas. Quando seu país e sua cultura são dominantes, os outros te copiam. O mundo vai ficar muito mais exposto à cultura chinesa, que é vastíssima e pode acrescentar elementos à experiência global. Eu estou deliberadamente separando as questões culturais dos temas políticos. Não acho que a noção de império da lei vai se aplicar na China da mesma maneira que no Ocidente. Mas eu acredito que a China será uma sociedade cada vez menos arbitrária. O que enfatizo é que a China tem um conceito muito diferente da relação entre Estado e sociedade e essa não é uma característica apenas do período comunista, mas do sistema chinês. O Estado ocupa uma posição diferente da que ocupa em sociedades ocidentais, ele desfruta de autoridade e legitimidade. O Estado chinês nunca teve sérios competidores, como a Igreja foi na Europa. O Estado chinês é extremamente competente. Muita gente fala sobre o Estado no Ocidente, mas não se discute a questão de sua competência. Acredito que nesse aspecto haverá um enorme interesse tanto de países em desenvolvimento quanto dos desenvolvidos de estudar a tradição do Estado chinês e sua competência.

Vulcão nas Ilhas Canárias ameaça explodir e gerar onda que chegará a África, Caribe, América do Norte e Norte do Brasil

The Guardian

LONDRES - Todos os elementos que se poderia querer para um filme clichê de desastre estão ali: uma linda ilha vulcânica no Atlântico, à beira de um colapso catastrófico, ameaçando propagar ondas gigantescas que vão avançar pelo globo em questão de horas. E enquanto os cientistas tentam em vão tornar audível seus alertas, os governos olham para o outro lado.


Segundo Bill McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da
University College of London, um grande bloco de terra, aproximadamente do tamanho da ilha britânica de Man (572 km²), está prestes a se desgarrar da ilha de La Palma, nas Canárias, após uma erupção do vulcão Cumbre Vieja.

Quando - McGuire garante que a questão não é ''se'' - o bloco cair, vai gerar ondas gigantes chamadas megatsunamis. Viajando a 900 km/h, as imensas paredes de água vão atravessar os oceanos e atingir ilhas e continentes, deixando um rastro de destruição como os vistos no cinema. As megatsunami são ondas muito maiores do que as que o homem está acostumado a ver.

- Quando uma destas surge, se mantém de 10 a 15 minutos. É como uma grande parede de água em direção ao litoral - descreve McGuire.

Modelos feitos em computador do colapso da ilha mostram as primeiras regiões a serem afetadas por ondas de até 100 metros de altura: as ilhas vizinhas do arquipélago espanhol das Canárias. Em poucas horas, a costa ocidental da África será golpeada por ondas similares.

Entre nove e 12 horas depois do colapso em La Palma, ondas de 20 a 50 metros vão cruzar 6.500 km de oceano e atingir as ilhas caribenhas e a costa Leste dos Estados Unidos e Canadá. Ao chegar a portos e estuários, a água será canalizada para o interior. Mortes de pessoas e destruição de bens serão imensas, de acordo com McGuire.

Até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros vão atingir a costa Norte e
Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de Fernando de Noronha será um dos locais onde a tsunami chegará com mais força no Atlântico Sul.

A Europa também será golpeada. O litoral Sul de Portugal, Espanha e o Oeste da Grã-Bretanha vão experimentar ondas de até 10 metros, quatro ou cinco horas depois do evento geológico nas Canárias. Portos serão destruídos. Desastres naturais como estes são raros, ocorrem a cada 10 mil anos. Mas La Palma pode entrar em colapso muito antes.

- O que sabemos é que está em processo de acontecer - garante McGuire.

A ilha chamou a atenção dos cientistas em 1949, quando seu vulcão, o Cumbre Vieja, entrou em erupção, causando um desabamento de parte de seu flanco Oeste, que afundou quatro metros oceano abaixo. Especialistas acreditam que placas de terreno continuam escorregando lentamente para o mar e dizem que uma próxima erupção deve fazer toda a lateral ocidental da montanha desabar.

- Quando acontecer, não vai levar mais que 90 segundos - disse McGuire.

Alemanha é fonte de desequilíbrio na Europa

24/05/2010-02h30
FSP, CLAUDIA ANTUNES
DO RIO DE JANEIRO

A Alemanha --e não a Espanha, Portugal ou mesmo a Grécia-- é a principal fonte de desequilíbrio estrutural na região do euro, afirma o economista alemão Heiner Flassbeck.
Flassbeck foi vice-ministro das Finanças de seu país em 1998 e 1999, quando foi implantada a moeda única europeia. Hoje, dirige a Divisão de Globalização e Estratégias de Desenvolvimento da Unctad (conferência da ONU para o comércio e o desenvolvimento), em Genebra.


Ele explica: ao praticar arrocho salarial nos últimos dez anos, com aumento real de apenas 4% no período, muito abaixo do crescimento da produtividade, a Alemanha passou a comprar menos e aumentou ainda mais a competitividade de seus produtos em relação aos dos demais países da zona do euro.
Como a moeda única impede que os vizinhos mexam no câmbio para estimular suas exportações, eles passaram a ter deficit comerciais e em conta-corrente (saldo de todo o dinheiro que entra e sai do país), enquanto a Alemanha acumula superavit.
Para Flassbeck, sem um movimento coordenado para sair desse impasse, "não haverá solução a longo prazo" para a união monetária.
Ele também afirma que os cortes de gastos já anunciados por alguns governos da região não podem ser generalizados porque provocarão deflação, maior risco imediato para as economias europeias.
O diretor da Unctad estará em São Paulo no início desta semana. Falará na Unicamp e participará de um debate fechado sobre "novo desenvolvimentismo" organizado pelo economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, colunista da Folha.
Ele falou por telefone, de Genebra. Abaixo, os principais trechos
FOLHA - Por que o pacote de resgate e os cortes de gastos anunciados na Europa nas últimas duas semanas não acalmaram os mercados?

HEINIR FLASSBECK - O que fizeram agora foi atacar o problema de curto prazo, mas o problema de médio e longo prazo na união monetária europeia é a diferença de competitividade entre a Alemanha, de um lado, e os países do sul da Europa.

Há tensões abertas entre a Alemanha e a França porque falta vontade ao governo alemão para resolver essa questão. Sem isso, não haverá solução de longo prazo para a área do euro.
FOLHA - O senhor diz que parte dessa diferença de competitividade vem da compressão dos salários na Alemanha, em comparação com os ganhos no sul. A Espanha cortou salários e congelou aposentadorias. É uma forma de resolver isso?

FLASSBECK - Não é a maneira correta. Se o problema não for atacado de modo coordenado, todo mundo cortará salários e isso levará à deflação, maior risco para a zona do euro, resultado mais provável neste momento e a principal razão da continuidade da inquietação.

¦Enquanto o governo alemão não reconhecer que há um problema, e enquanto não estiver disposto a conversar com seus empresários e sindicatos sobre como resolvê-lo, não haverá uma saída clara da crise.
FOLHA - O senhor defende que a Alemanha reduza a própria competitividade por meio de aumentos de salários?

FLASSBECK - Sim. A Alemanha cortou os salários dramaticamente e violou a meta comum de inflação [de 2% ao ano], praticando uma inflação próxima de zero.

Os dois estão relacionados e o custo unitário do trabalho [salário nominal menos produtividade, por unidade gerada do PIB] está abaixo da meta de inflação. A regra que deveria valer para todo mundo é que esse custo deveria estar sob a linha de 2%. Alguns ficaram acima disso, mas a Alemanha ficou muito abaixo.
Isso leva a uma situação insustentável, no mundo todo. O superavit [comercial] alemão está agora tão grande quanto o chinês.
FOLHA - A OCDE (grupo de 31 países industrializados) divulgou relatório sobre a economia francesa recomendando mais flexibilidade no mercado de trabalho e reforma da Previdência Social. É o oposto do que o senhor prescreve, não?

FLASSBECK - Isso é nonsense. A França é o único país europeu que entendeu as causas da crise. Se todos os países começarem a cortar salários, o resultado líquido e certo será deflação.

Essa recomendação reflete o pensamento econômico convencional, de que ter salários flexíveis, principalmente para baixo, resolve tudo. Foi o dogma que a Alemanha seguiu e que nos trouxe à situação atual.
FOLHA Não é uma contradição que se recomende políticas ortodoxas quando há apenas dois anos, quando a crise começou nos EUA, dizia-se que a ortodoxia estava morta?

FLASSBECK - Claro que não era verdade quando todos se proclamaram keynesianos. Agora começa a verdadeira batalha ideológica, sobre o que vamos fazer com o mercado de trabalho.

FOLHA - Mas o aumento da competição da China e dos EUA, que querem aumentar suas exportações, não é um desafio letal para o Estado de bem-estar europeu?

FLASSBECK - De modo nenhum. Enquanto tivermos aumento de produtividade, os salários podem aumentar. Sempre que fizermos o oposto, mais cedo ou mais tarde nossa taxa de câmbio aumentará, o que também diminui a competitividade.

Você não pode estar sempre ganhando competitividade em relação ao resto do mundo. Mais cedo ou mais tarde a taxa de câmbio vai reagir. Quando um país tem um grande deficit em conta corrente, normalmente deprecia sua moeda, e desse modo toda a competitividade que você ganhou [contra ele] vai embora.
Não há outro modo para o mundo todo aumentar seu bem-estar do que subindo os salários de acordo com a produtividade. Esta será a mensagem do nosso próximo relatório sobre comércio e desenvolvimento, que será divulgado em setembro. Se você quiser ser bem-sucedido, externa e internamente, é o mais importante.
*FOLHA - Como responde ao argumento de que Europa tem alto nível de desemprego porque os salários são altos e o mercado de trabalho é pouco flexível?

FLASSBECK - É totalmente errado. No caso da Alemanha, houve só um efeito positivo do "dumping" salarial, que foi encher os vizinhos com suas exportações. Internamente, a política foi um desastre. Não houve aumento dos investimentos nem do consumo.

FOLHA - Antes dos pacotes de estímulo para contornar a crise financeira de 2008, não havia um problema fiscal na maioria dos países europeus. Agora este é apontado como o maior problema. Por quê?

FLASSBECK - Isso é parte da batalha ideológica. As pessoas agora dizem que o governo é o problema, e não que resolveria todos os problemas, como se dizia há dois anos. Mas os que devem ser culpados por toda a confusão em que estamos são os mercados financeiros.

Os neoclássicos querem usar esse argumento [do problema fiscal] para voltar à batalha e talvez serem os vitoriosos no final. Então declaram os governos falidos, o que é falso: nenhum governo neste momento está falido, e todos os problemas podem ser resolvidos.
Os mercados dizerem que não querem dar dinheiro aos governos é ridículo, porque tiveram dinheiro dos governos, através dos bancos centrais, e agora se recusam a pagar.
FOLHA - Como explica o fato de o governo americano, que tem um deficit orçamentário de 10% do PIB, maior do que média europeia de 6,8%, não estar fazendo cortes, como os países europeus?

FLASSBECK - Os americanos têm em mente o cenário japonês de deflação e sabem que é perigoso se você corta muito em pouco tempo. Para mim a mensagem correta é: não corte muito em pouco tempo, e corte com cuidado, de acordo com a situação de cada país. Isso foi reconhecido por Dominique Strauss-Kahn [diretor-gerente do FMI]. Em entrevista à TV francesa, ele disse que nem todos podem cortar [gastos] ao mesmo tempo.

FOLHA - A missão do Fed, o banco central americano, é tanto de manter sob controle a inflação quanto de preservar o emprego. O BCE só tem meta de inflação. O senhor defende mudar isso?

FLASSBECK - Minha posição desde o início é a de que o mandato do Fed é mais razoável do que a do BCE. Manter a inflação baixa é relativamente simples, se você não se importa com o resto da economia. Mas, pelo menos nos últimos dias, o BCE mostrou certa flexibilidade [ao começar a comprar dívida dos países em crise].

FOLHA - Como avalia a reação popular ao aperto fiscal na Grécia e em outros países?

FLASSBECK - O sentimento mais disseminado nas ruas é que esses cortes estão errados. Há algo de verdade nisso. Cortes orçamentários, aumento de impostos e redução de salários combinados podem levar ao desastre.

Em médio prazo, deve haver uma mudança de direção nos Orçamentos, mas é preciso dar tempo ao tempo. Não é possível fazer do dia para a noite e têm que haver uma diferenciação entre os países com superavit externo, como a Alemanha, e os outros.
FOLHA - E como vê o argumento de que países como Grécia, Espanha e Portugal têm vivido nos últimos anos acima de seus meios?

FLASSBECK - E um país grande tem vivido abaixo dos seus meios, que é a Alemanha. Se isso for reconhecido, temos uma base para uma discussão razoável.

DESCOBERTO NOVO AQUÍFERO SOB A AMAZÔNIA. Prof. Ezequiel Santos

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgaram no mês de Abril a descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão, em referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém.

Temos estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos que nos permitem dizer que se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo, assegura Milton Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani.

Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do potencial do reservatório. A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de água. Além do mais, a permeabilidade (a conexão entre os poros da rocha) também é grande.

Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. A vazão dos poços perfurados na região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande, afirma Matta.

Para o geólogo Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o Guarani é interessante como referência, mas complicada. O Guarani é um aquífero extremamente importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani, contesta.

Para Hirata, também se deve levar em conta a localização das reservas ao se comparar as duas. Pela alta demanda e pela baixa disponibilidade de água que temos nas Regiões Sudeste e Sul, podemos dizer que o Guarani é estrategicamente muito mais importante do que um aquífero no Norte, mesmo que imenso.

Matta afirma categoricamente que o Aquífero Alter do Chão pode abastecer toda a população do mundo por centenas de anos. Afirma também que o acesso à água da reserva nortista é fácil. Aqui, o sujeito encontra água a uma profundidade de 300, 350 metros. Para chegar até a reserva do Guarani, às vezes é preciso cavar mais de mil metros.

O próximo passo do pesquisador é conseguir financiamento para um estudo sistemático da reserva subterrânea. Matta já concluiu um projeto para pedir recursos ao Banco Mundial.

Fonte: O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Hidrografia do Brasil Prof. Ezequiel Santos!!

A Hidrografia do Brasil envolve o conjunto de recursos hídricos do território brasileiro, as bacias hidrográficas, Oceano Atlântico, os rios, lagos, lagoas,arquipélagos, golfos, baías, cataratas, usinas hidrelétricas, barragens, etc. De acordo com os órgãos governamentais, existem no Brasil doze grandes bacias hidrográficas, sendo que sete têm o nome de seus rios principais. Amazonas, Paraná, Tocantins, São Francisco, Parnaíba, Paraguai e Uruguai; as outras são agrupamentos de vários rios, não tendo um rio principal como eixo, por isso são chamadas de bacias agrupadas. Veja abaixo as doze macro bacias hidrográficas brasileiras:

* Região hidrográfica do Amazonas
* Região hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental
* Região hidrográfica do Tocantins
* Região hidrográfica do Paraguai
* Região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental
* Região hidrográfica do Parnaíba
* Região hidrográfica do São Francisco
* Região hidrográfica do Atlântico Leste
* Região hidrográfica do Paraná
* Região hidrográfica do Atlântico Sudeste
* Região hidrográfica do Uruguai
* Região hidrográfica do Atlântico Sul

O Brasil possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes fluviais de todo o mundo. O maior país da América Latina conta com a maior reserva mundial de água doce e tem o maior potencial hídrico da Terra; cerca de 13% de toda água doce do planeta encontra-se em seu território.

A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, apresentando-se encachoeirados e permitindo, assim, o aproveitamento hidrelétrico. As bacias Amazônica e do Paraguai ocupam extensões de planícies, mas as bacias hidrográficas do Paraná e do São Francisco são tipicamente de planalto. Merecem destaque as quedas-d'água de Urubupungá (no rio Paraná), Iguaçu (no rio Iguaçu), Pirapora, Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso (no rio São Francisco), onde estão localizadas usinas hidrelétricas.

Os rios brasileiros apresentam regime de alimentação pluvial, ou seja, são alimentados pelas águas das chuvas. Em decorrência de o clima tropical predominar na maior parte do território, as cheias ocorrem durante o verão, constituindo exceção alguns rios nordestinos, cujas cheias ocorrem entre o outono e o inverno. Os rios do sul não tem vazante acentuada, devido à boa distribuição das chuvas na região, assim como os da bacia Amazônica, também favorecidos pela uniformidade pluviométrica da região.

No Brasil, predomina a drenagem exorréica, ou seja, os rios correm em direção ao mar, como o Amazonas, o São Francisco, o Tocantins, o Parnaíba, etc. Pouquíssimos são os casos de drenagem endorréica, em que os rios se dirigem para o interior do país, desaguando em outros rios, como o Negro, o Purus, o Paraná, o Iguaçu, o Tietê, entre outros.

Em sua maior parte, os rios brasileiros são perenes, isto é, nunca secam. Mas na região semi-árida do Nordeste há rios que podem desaparecer durante uma parte do ano, na estação seca: são os chamados rios temporários ou intermitentes.
Laguna dos Patos, no Rio Grande do Sul, Brasil. À direita, o Oceano Atlântico

O Brasil possui poucos lagos, classificados em:

* Lagos de barragem, que são resultantes da acumulação de materiais e subdividem-se em lagunas ou lagoas costeiras, formadas a partir de restingas, tais como as lagoas dos Patos e Mirim, no Rio Grande do Sul, e lagoas de várzea, formadas quando as águas das cheias ficam alojadas entre barreiras de sedimentos deixados pelos rios ao voltarem ao seu leito normal. São comuns na Amazônia e no Pantanal Mato-Grossense;
* Lagos de erosão, formados por processos erosivos, ocorrendo no Planalto Brasileiro.

Os centros dispersores — ou seja, as porções mais altas do relevo que separam as bacias fluviais — que merecem destaque no Brasil são três: a cordilheira dos Andes, onde nascem alguns rios que formam o Amazonas; o planalto das Guianas, de onde partem os afluentes da margem esquerda do rio Amazonas; e o Planalto Brasileiro, subdividido em centros dispersores menores.

Os rios, ao desembocarem em outro rio ou no oceano, podem apresentar-se com uma foz do tipo estuário, com um único canal, ou do tipo delta, com vários canais entremeados de ilhas; ocorre, excepcionalmente, o tipo misto. No Brasil, predominam rios com foz do tipo estuário, com exceção do rio Amazonas, que possui foz do tipo misto, e dos rios Paranaíba, Acaraú, Piranhas e Paraíba do Sul, que possuem foz do tipo delta.

País úmido, com muitos rios, o Brasil, possuía quatro bacias principais e três secundárias, divisão que vigorou até a promulgação da Resolução nº 32, de 15 de outubro de 2003, aprovada pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos:

* Bacias principais
o Amazônica
o Tocantins-Araguaia
o Platina
o São Francisco
* Bacias secundárias
o Nordeste
o Leste
o Sudeste-Sul

Bacia Amazônica

A imagem mostra o complexo da Região Hidrográfica do Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo (clique para ampliar e ver detalhes)

Com uma área, em terras brasileiras, de 3.984.467 km², a bacia Amazônica — a maior bacia hidrográfica do mundo[2] — ocupa mais da metade do território brasileiro e estende ainda pela Bolívia, Peru, Colômbia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A Venezuela não faz parte dessa bacia. Além do rio principal — o Amazonas —, compreende os seus afluentes: na margem esquerda, os rios Içá, Japurá, Negro e Trombetas; na margem direita, os rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu.

Atravessada pela linha do Equador na sua porção norte, a bacia Amazônica possui rios nos dois hemisférios e, devido à sua posição geográfica, apresenta três regimes de cheias: nos rios do norte, tropical boreal, com volume máximo em julho; nos rios do sul, tropical austral, com volume máximo em março; e no tronco central, volume máximo em abril, maio e junho. Dessa forma, o rio Amazonas tem sempre um grande volume de água, já que seus afluentes sofrem cheias em épocas diferentes.

O rio Amazonas, o mais extenso do mundo, possui 6.992,06 km dos quais 3.165 km situam em território brasileiro. Nasce na Cordilheira dos Andes, tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes) (Peru), onde recebe os nomes de Apacheta, Lloqueta, Tunguragua, Marañón, Apurímac, Ene, Tambo, Ucayali e Amazonas (Peru), e quando entra no Brasil passa a se chamar Solimões, nome que mantém até a foz do seu afluente rio Negro, próximo a Manaus. A maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente em sua totalidade é acidentada e de grande altitude.

Dentre os diversos rios do mundo, o Amazonas é o que possui maior débito, ou seja, é o que descarrega o maior volume de água em sua foz: em épocas normais, lança no oceano 80.000 m³/s, mas chega a jogar até 120.000 m³/s. Um fenômeno interessante que se observa na foz do rio Amazonas é a pororoca, encontro das águas do rio, durante as enchentes, com as águas do mar, quando ocorre maré alta.

A largura média do rio Amazonas é de 4 a 5 km, mas chega, em alguns trechos, a mais de 50 km. Devido ao pequeno declive que apresenta, a velocidade de suas águas é lenta, oscilando entre 2 e 7 km por hora.

Além do rio Amazonas e seus grandes afluentes, inúmeros cursos de água desenham uma verdadeira teia na planície Amazônica. São os furos, córregos ou pequenos rios que unem rios maiores entre si; os igarapés, pequenos e estreitos canais naturais espalhados pelo baixo-planalto e planície; e os paranás-mirins, braços de rios que contornam ilhas fluviais.

Bacia Platina

Formada pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, estende-se pelo Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Bacia do rio Paraná

O mapa mostra a Bacia do Rio Paraná, com destaque para o rio Tietê, um dos seus principais afluentes(clique para ampliar e ver mais detalhes)

É a mais extensa das três, abrangendo mais de 10% do território nacional. Possui o maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil, merecendo destaque grandes usinas, como a de Itaipu, Jupiá e Ilha Solteira, no rio Paraná; Ibitinga, Barra Bonita e Bariri no rio Tietê; Cachoeira Dourada, Itumbiara e São Simão, no rio Paranaíba; Furnas, Jaguara, Marimbondo e Itutinga, no rio Grande; e ainda Jurumirim, Xavantes e Capivara, no rio Paranapanema.

Seus rios são tipicamente de planalto, o que dificulta muito a navegação, que se tornará mais fácil com a utilização das eclusas construídas com a instalação das usinas hidrelétricas.

Os rios dessa bacia apresentam regime tropical austral, com chuvas no verão e, conseqüentemente, cheias de dezembro a março.

Bacia do Paraguai

Compreende um único grande rio, o Paraguai, que possui mais de 2.000 km de extensão, dos quais 1.400 km ficam em território nacional. É tipicamente um rio de planície, bastante navegável. Os principais portos nela localizados são Corumbá e Porto Murtinho.

Além do Paraguai, destacam-se rios menores, como o Miranda, o Taquari, o rio Apa e o São Lourenço. O regime desses rios é também o tropical austral, com grandes cheias nos meses de verão

Bacia do Uruguai

O rio Uruguai e sua bacia ocupam apenas 2% do território brasileiro, estendendo-se pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Formado pelos rios Canoas e Pelotas, possui cerca de 1.500 km de extensão e serve de limite entre Brasil, Argentina e Uruguai. Situa-se na porção subtropical do País e apresenta duas cheias e duas vazantes anuais. Seus afluentes de maior destaque são: na margem direita, Peixe, Chapecó e Peperiguaçu; na margem esquerda, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini. Com o potencial hidrelétrico limitado, o rio Uruguai é usado para a navegação em alguns trechos. Suas principais hidrelétricas são: Barracão, Machadinho, Pinheiro, Estreito do Sul e Iraí.

Bacia do rio Araguaia

Ocupando uma área de 803.250 Km2, é a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira. Além de apresentar-se navegável em muitos trechos, é a terceira do País em potencial hidrelétrico, encontrando-se nela a Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

O Tocantins, principal rio dessa bacia, nasce no norte de Goiás e deságua junto à foz do Amazonas. Em seu percurso, recebe o rio Araguaia, que se divide em dois braços, formando a Ilha do Bananal; situada no estado de Tocantins, é considerada a maior ilha fluvial interior do mundo.

Nessa região ocorrem rios de regime austral, ao sul, e equatorial, ao norte.

Bacia do São Francisco

Formada pelo rio São Francisco e seus afluentes, essa bacia está inteiramente localizada em terras brasileiras. Estende-se por uma área de 631.133 km², o que equivale a 7,5% do território nacional.

Apelidado pela população ribeirinha de Velho Chico, o São Francisco é um rio de planalto, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Além de ser navegável em cerca de 2.000 km, possui também grande potencial hidrelétrico, merecendo destaque as usinas de Três Marias, Paulo Afonso e Sobradinho. Seus principais afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande, na margem esquerda; e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande, na margem direita.

O rio São Francisco desempenhou importante papel na conquista e povoamento do sertão nordestino, sendo o grande responsável pelo transporte e abastecimento de couro na região. Ainda hoje, sua participação é fundamental na economia nordestina, pois, devido ao fato de atravessar trechos semi-áridos, permite a prática da agricultura em suas margens, além de oferecer condições para irrigação artificial de áreas mais distantes. Possuindo um regime tropical austral, com cheias de verão, tem um débito que oscila de 1.000 m³/s nas secas, a 10.000 m³/s nas cheias.

Bacia do Atlântico Nordeste Oriental, Bacia do rio Parnaíba e Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental

É constituída por rios do sertão nordestino, na sua grande maioria temporários, pois secam em determinadas épocas do ano. Os rios dessa bacia são o Acaraú e o Jaguaribe, no Ceará; o Piranhas e o Potenji, no Rio Grande do Norte; o Paraíba, na Paraíba; o Capibaribe, o Una e o Pajeú, em Pernambuco. Além desses, fazem parte dessa bacia os rios maranhenses Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru e Mearim, além do rio Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí.

Bacia do Leste

Constituída por rios que descem do Planalto Atlântico em direção ao oceano, merecem destaque os rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais e Bahia; Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro; e Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu, na Bahia.

Bacia do Sudeste e Sul

É constituída também por rios que correm na direção oeste-leste, ou seja, que vão das serras e planaltos em direção ao oceano. Destacam-se os rios Ribeira do Iguape, em São Paulo; Itajaí, em Santa Catarina; Jacuí e Camacuã, no Rio Grande do Sul.

Com exceção dos rios temporários do sertão nordestino, os demais rios das bacias secundárias apresentam regime tropical austral, com cheias no verão. São rios de planalto, pouco aproveitáveis para a navegação fluvial.

Prof. Ezequiel Santos!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Terremoto abala ilha indonésia de Sumatra

Um forte terremoto, de 7,8 graus de magnitude, sacudiu nesta quarta-feira a região da ilha de Sumatra, na Indonésia, ao que parece sem provocar vítimas.

O epicentro do tremor, a 46 km de profundidade, foi situado 205 km a noroeste de Sibolga, na costa noroeste de Sumatra, segundo o serviço geológico dos Estados Unidos (USGS).

Já o serviço sismológico da Indonésia informou que o terremoto foi de 7,2 graus de magnitude, com epicentro situado 60 km a sudeste de Sinabang.

O abalo ocorreu às 05H15 local de quarta-feira (19H15 Brasília de terça).

O Centro de Monitoramento de Tsunamis do Pacífico emitiu um alarme, mas não esperava uma onda destrutiva.

Na Tailândia, o Centro Nacional de Prevenções de Catástrofes emitiu alerta para o litoral da região de Andaman, suspenso posteriormente.

Funcionários em Sinabang e na capital Jacarta informaram que até o momento não há relatos de vítimas ou danos materiais importantes.

O serviço de energia elétrica foi suspenso em Acehnese, capital da província de Banda Aceh, mas os telefones celulares operavam normalmente.

"Nosso pessoal não relatou qualquer dano significativo em Sinabang", disse o chefe local da polícia, Dedi Junaidi.

Segundo o correspondente da AFP em Banda Aceh, "as pessoas entraram em pânico e abandonaram suas casas" durante o tremor, que durou cerca de um minuto. "Vi muita gente que mora perto do mar fugindo de motocicleta" com medo de tsunami.

A Indonésia se localiza no "Círculo de Fogo" do Pacífico, onde o encontro de placas tectônicas causa erupções vulcânicas e atividade sísmica.

Um grande tsunami atingiu a Indonésia e outros países no Oceano Índico em 2004, matando cerca de 220 mil pessoas, a maior parte delas na província de Aceh, no norte de Sumatra.

Na Tailândia, o tsunami de 2004 matou 5.400 pessoas e levou à criação de um eficiente sistema de alerta no país.

Em setembro de 2009, um terremoto de 7,6 graus atingiu a parte oeste de Sumatra e matou aproximadamente mil pessoas, segundo estimativas oficiais

Temporais provocam tragédia com mais de 100 mortos no Rio Chuvas na capital fluminense bateram recorde histórico de 1966

As chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro desde a noite de segunda-feira já deixam um rastro de dezenas de mortes. Até a noite de ontem, já haviam mais de cem vítimas fatais. Entre os locais mais atingidos estão Niterói, com 48 mortos e 21 feridos; a cidade do Rio, com 36 vítimas fatais e 52 feridas, e São Gonçalo com 16 óbitos registrados e oito feridos. Pelo menos 1,4 mil pessoas estão desabrigadas e 368 desalajodas na capital.

Segundo o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, oito bombeiros ficaram gravemente feridos durante o resgate de vítimas em Niterói, onde mais de 150 bombeiros trabalhavam. O secretário fez um apelo para que todos que estão em áreas de risco deixem suas casas e liguem para os bombeiros (193). O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez o mesmo apelo: todos os moradores de encostas devem deixar suas casas enquanto a chuva não passar. O sistema Alerta Rio pôs a cidade em alerta preto, o maior na escala de risco de temporais.

"É um risco enorme para as pessoas tentar atravessar os alagamentos. Nosso apelo é para que elas permaneçam em casa, se preservem. A situação é crítica, enquanto a chuva não baixar, dificilmente a gente consegue mudar este quadro", salientou o prefeito. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, considerou a possibilidade de decretar situação de emergência. Os colégios públicos e privados, as universidades e os principais serviços públicos não funcionaram ontem.

A ponte Rio-Niterói ficou totalmente interditada no sentido Rio até por volta de 9h. O sistema de transportes ficou à beira do colapso. As estações de trem - Central do Brasil, Praça da Bandeira, São Cristóvão, Maracanã e Mangueira - fecharam.

A forte chuva foi causada pela passagem de uma frente fria, de acordo com o Climatempo, e superou o recorde de precipitação de 1966. Em 14 horas, choveu 288 milímetros, volume maior do que a 44 anos, quando foram 245 milímetros em 24 horas.

O temporal prejudicou a volta do trabalho para casa. Muitos passaram a noite em algum meio de transporte. Impossibilitadas de deixar o Centro, várias pessoas pernoitaram em hotéis da região. A lagoa Rodrigo de Freitas chegou a atingir 1,40 metro acima do nível. No Aeroporto Santos Dumont, 60% dos voos atrasaram.

As chuvas devem persistir hoje, mantendo alerta para a região Serrana e o Norte fluminense, segundo informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As fortes precipitações e ventos de até 70km/h provocaram estragos em todas as cidades. "As chuvas devem persistir, mesmo que em menor intensidade, principalmente nos pontos montanhosos. O alerta maior é para as regiões mais úmidas, que já sofrem com o acúmulo de água e podem ter deslizamentos de terra", explica a meteorologista do Cptec Mônica Lima.
Força Nacional enviará 40 homens e um helicóptero

O Ministério da Justiça (MJ) vai enviar 40 homens da Força Nacional de Segurança especializados em busca e salvamento para ajudar no resgate das vítimas das chuvas. Além dos militares, que são bombeiros em sua maioria, o governo federal também vai enviar um helicóptero modelo Esquilo.

Os militares já atuaram no resgate de vítimas das enchentes que atingiram Santa Catarina em 2007. A expectativa é de que a equipe embarque assim que o governador Sérgio Cabral formalizar o pedido de ajuda ao governo federal.

De acordo com o MJ, um helicóptero da Polícia Federal está disponível caso haja necessidade de aumentar a ajuda ao governo fluminense. O efetivo de militares da Força Nacional também poderá ser ampliado de acordo com a necessidade. Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o governo federal "não vai faltar" ao Rio com a ajuda que for necessária para minimizar os efeitos das chuvas no estado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em evento no Rio de Janeiro, que pede a Deus o término das chuvas na cidade. "A única coisa que podemos fazer em um momento como esse é pedir a Deus que pare um pouco a chuva para que a situação retorne à normalidade", afirmou o presidente.

EZEQUIEL SANTOS

quarta-feira, 17 de março de 2010

PONTOS CARDEAIS

Em termos acadêmicos, os pontos cardeais são quatro:

* norte, inicial W, também chamado "Setentrional ou Boreal".
* sul, inicial S, também chamado "Meridional ou Austral".
* Leste ou Este, inicial L ou E, também chamado "Oriente ou Nascente".
* oeste, inicial O ou W, também chamado "Ocidente ou Poente".

As marinhas de Portugal e do Brasil usam a forma leste para evitar confusão com este, mas em geral é mais usual a inicial E, até por coerência com as iniciais dos pontos colaterais.

Há também quatro pontos colaterais:

* nordeste - NE,
* sudeste - SE,
* noroeste - NO ou NW e
* sudoeste - SO ou SW.

COORDENADAS GEOGRAFIACAS

Localização absoluta

Para localizar qualquer lugar na superfície terrestre de forma exata é necessário usar duas indicações, uma letra e um número. Temos que utilizar elementos de referência que nos permitam localizar com exatidão qualquer lugar da Terra. A rede cartográfica ou geográfica dá-nos a indicação das coordenadas geográficas. Os pontos cardeais dão um rumo, isto é, uma direção, mas não permitem localizar com exatidão um ponto na superfície terrestre.

Assim, quando dizemos que a área X está a leste de Y, não estamos dando a localização precisa dessa área, mas apenas indicando uma direção. Para saber com exatidão onde se localiza qualquer ponto da superfície terrestre — uma cidade, um porto, uma ilha, etc. — usamos as coordenadas geográficas. As coordenadas geográficas baseiam-se em linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre:

* os paralelos são linhas paralelas ao equador — a própria linha imaginária do equador é um paralelo;
* os meridianos são linhas semicirculares, isto é, linhas de 180° — eles vão do Pólo Norte ao Pólo Sul e cruzam com os paralelos.

Cada meridiano possui o seu antimeridiano, isto é, um meridiano oposto que, junto com ele, forma uma circunferência. Todos os meridianos têm o mesmo tamanho. Convencionou-se que o meridiano de Greenwich, que passa pelos arredores da cidade de Londres, na Inglaterra, é o meridiano principal.

A partir dos paralelos e meridianos, estabeleceram-se as coordenadas geográficas, que são medidas em graus, para localizar qualquer ponto da superfície terrestre.
Sistemas de Coordenadas Geográficas

Existem pelo menos quatro modos de designar uma localização exata para qualquer ponto no globo terrestre.

Nos três primeiros sistemas, o globo é dividido em latitudes, que vão de 0 a 90 graus (Norte ou Sul) e longitudes, que vão de 0 a 180 graus (Leste ou Oeste). Para efeitos práticos, usam-se as siglas internacionais para os pontos cardeais: N=Norte, S=Sul, E=Leste/Este, W=Oeste.

Para as latitudes, o valor de cada unidade é bem definido, pois a metade do grande círculo tem 20.003,93km, dividindo este último por 180, conclui-se que um grau (°) equivale a 111,133km. Dividindo um grau por 60, toma-se que um minuto (') equivale a 1.852,22m (valor praticamente idêntico ao da milha náutica). Dividindo um minuto por 60, tem-se que um segundo (") equivale a 30,87m,

Para as longitudes, há um valor específico para cada posição, que aumenta de 0 na Linha do Equador até aos Pólos , onde está o seu valor máximo (90º de amplitude do ângulo).

Como forma de se demonstrar as diferenças entre cada um dos sistemas, usar-se-á o exemplo para as coordenadas de um lugar específico: a Catedral Metropolitana de Campinas.

Graus - Minutos - Segundos

Neste sistema, cada grau é dividido em 60 minutos, que por sua vez se subdividem, cada um, em 60 segundos. A partir daí, os segundos podem ser divididos decimalmente em frações cada vez menores.

Deste modo, a localização da Catedral neste sistema é: 22° 54' 21.64"S 47° 03' 38.06"W

Graus - Minutos Decimais

Neste sistema, cada grau é dividido em 60 minutos, que por sua vez são divididos decimalmente.


Neste sistema, cada grau é dividido em frações decimais. A forma de nomeação difere um pouco dos dois primeiros sistemas: a latitude recebe a abreviatura lat e a longitude, lon. Há valores positivos e negativos. Os valores positivos são para o Norte (latitude) e o Leste (longitude) e não recebem um símbolo específico. Os valores negativos são para o Sul (latitude) e o Oeste (longitude), sendo acrescidos do símbolo -.

terça-feira, 9 de março de 2010

Evolução do pensanmento Geografico - Resumo de Aula-Pré-Vest

Idade Antiga - Os fatos sem explicações lógicas - contribuição
dos povos: fenícios, Assírios (hábitos nômade) regos e romanos.

Erastóstenes - Calculou a circunferência da Terra

-Estrabão – Escreveu a obra geografia em 17 volumes.

- Hiparco – Criou o sistema de coordenadas geograficas

- Filolaus - Pirocentrismo

- Ptolomeu - Geocentrismo

- Aristóteles – Esfericidade da Terra

Idade Média - “ Idade das Trevas” explicações através da “ FÉ”

Cartografia

Mundo Árabe - Ibn Batuta – descobriu que as terras quentes
Eram habitáveis


-Al- Idrigi (1100-11666) Elaborou os sistema de classificação
Climática.

Idade Moderna - A busca pela razão, - explicações através de experimentos

O porque ?

A busca das explicações que intrigava a sociedade e tentavam descobrir a
relação do homem com o meio



Evolução do Pensamento Geográfico

Século XVI, XVII,XVIII


Ptolomeu – Sistema geocêntrico –Obra Almagesti

Heliocentrismo – Nicolau Copérnico

Rotação – Galileu Galilei

Gravitação Universal – Isaac Newton

Principio da Mecânica Celeste - Joanes Kepler



Positivismo - Sai das especulações e entra nas

experimentações Baseadas nas observações; ou seja ,

causa e efeito.


GEOGRAFIA TRADICIONAL

Colocava o homem como apenas mais um elemento

Do meio e não valorizava as relações sociais

Yveis Lacost – A geografia serve antes de mais nada
Para fazer a guerra


TEORIA DA EVOLUÇÃO


Charles Darwin – Ernest Haeckel- Lamarck

Admitiam que na luta pela vida venceriam sempre os mais fortes

e que a vitória dos mais fortes, dos mais aptos, sobre os mais

fracos era resultado lógico da luta pela vida.

aceitação no capitalismo e idéias de Ratzel


O SURGIMENTO DAS ESCOLAS SECULO XIX

ESCOLA DETERMINISTA – ALEMÃ

“O MEIO DETERMINA O HOMEM“


TEORIA DO ESPAÇO VITAL - Karl Ritter , Frederik Ratzel,

Alexandre Humboldt


ESCOLA POSSIBILISTA - Francesa


“O homem pode criar possibilidades de mudar , transformar

o meio de acordo com suas necessidades , e técnicas.”

pai da geografia
Paul Vidal de La Blache – Jean Brunhes – Camilo Valloux


PRINCIPIOS DA GEOGRAFIA


Extensão = Mapear , Limitar a área a ser estudada - Frederic Ratzel

Analogia = Após limitar comparar e Buscar semelhanças e
diferenças existentes – Karl Ritter

Casualidade = “ o que ? A causa e o efeito dos fatos - Alexandre
von Humboldt

Conexão ou Interação = Ligação elo entre os fatos – Jean Brunhes

Atividade = O fato geográfico é dinâmico e não estático – Jean Brunhes


EVOLUÇÃO SECULO XX


GEOGRAFIA MARXISTA - Mundo - Karl Marx


Geografia Critica no Brasil – Milton Santos


Os RAMOS E SEGMENTOS DA GEOGRAFIA


Geografia Humana - GEOGRAFIA ECONOMICA
GEOGRAFIA URBANA
GEOGRAFIA POLITICA
GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO


Geografia Física - GEOMORFOLOGIA
CLIMATOLOGIA
LITOLOGIA
GEOLOGIA
HIDROGRAIFIA
BIOGEOGRAFIA




domingo, 17 de janeiro de 2010

Fontes de Energia

Ü FONTES DE ENERGIA:

Desde a Antigüidade, a humanidade buscou fontes de energia para melhorar o modo de vida e desenvolver trabalho.
O século XIX foi marcado pelo avanço de instrumentos técnicos, capazes de modificar de forma intensa o espaço. Por isso, podemos salientar a Revolução Industrial que exigiu a expansão em larga escala das fontes de energia, como exemplo, o carvão mineral.
No contexto atual, verificamos uma grande dependência da sociedade com os recursos energéticos, que são considerados sustentáculos do mundo pós-moderno do ponto de vista social e econômico.
A classificação das fontes de energia primária, ou seja de energia fornecida pela natureza, são classificadas em renováveis e não-renováveis. Os recursos renováveis são os que tem possibilidades de renovação como a eólica, solar hidráulica e biomassa. E as não-renováveis sem possibilidades de renovação como o petróleo, carvão mineral, xisto e os minerais energéticos e radioativos como urânio e o tório.

ü Tipos de Energia (Petróleo)

O petróleo é recurso natural, não renovável encontrado em rochas sedimentares é um combustível fóssil, fruto da deposição de restos orgânicos (plâncton). Esses sedimentos foram soterrados em antigos mares devido ao dinamismo da litosfera.
A importância desse recurso natural para sociedade contemporânea é que além de possuir maior teor calorífero do que o carvão, o petróleo tem a vantagem de se apresentar de forma líquida, o que facilita sua extração e transporte. Apresenta-se com uso muito diversificado e seus subprodutos como gases, gasolina, óleo diesel, asfalto são cada vez mais importantes para a sociedade pós-moderna.
O petróleo foi descoberto no território norte-americano na Pensilvânia no ano de 1859, e após estudos realizados por especialista, já se tinha a idéia de que essa fonte de energia iria promover uma revolução econômica e tecnológica no setor petroquímico mundial.
No final dos anos 20, formou-se o mais famoso cartel de empresas estrangeiras conhecido como as sete irmãs com o objetivo de controlar e padronizar o preço do petróleo no mercado mundial. São elas Standard OiL de New Jersey ou Exxon, Texaco, Mobil OiL, Gulf Oil, e Standard OiL do Califórnia ou Chevron, Royal-Dutch Shell ( países baixos) e pela Britsh Petroleum ( estatal britânica).
A especulação do preço desse produto no mercado mundial e a insatisfação de alguns países exportadores como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela fundaram, na década de 60, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo por meio do acordo de Bagdá (OPEP).
O ano de 1973, o preço do barril subiu de 3 para 12 dólares, fato conhecido como o primeiro choque do petróleo este fato está relacionado com os conflitos oriundos entre Israel e Palestino Árabes. A partir desse momento histórico o preço do produto sobe de maneira continua.
O Panorama mundial era de uma crise pois países dependentes de importações como os países subdesenvolvidos, Japão, países Europeus não produtores de petróleo tiveram que adotar medidas de racionamento para suportar os elevados custos dessa matéria-prima tão cara paga nos últimos tempos pelo mercado mundial.
Os países ricos detentores do capital e da tecnologia recuperaram rápido a crise econômica desencadeada no Oriente Médio. Mas foi os Estados Unidos que mais se beneficiaram com os PETRODÓLARES, e a elevação do faturamento das grandes companhias que possuíam estoque de petróleo.

Petróleo no Território Brasileiro

A pioneira região à apresentar petróleo no país foi a região nordeste na área geográfica do Recôncavo Baiano,situada na estreita faixa de terra que se estende ao longo da Baía de Todos os Santos.
Posteriormente novas áreas desse recurso na região nordeste próximas do litoral foram logo exploradas.
O grande impulso do setor no mercado interno ocorreu após a crise do petróleo na década de 70, provocados por problemas geopolíticos no continente asiático maior região petrolífera do mundo. A busca por prospecção de novas jazidas ocorreu um fato inesperado foi a descoberta a plataforma da Bacia de Campos no litoral do Rio de Janeiro. Recentemente uma outra área tem grande valor estratégico que é a Bacia de Santos, que está fazendo a PETROBRAS avançar de forma avassaladora na tecnologia de ponta porque essas unidades de produção estão localizadas em alto mar.
Percebemos que as rações realizadas pela PETROBRAS, empresa de vanguarda está aproximando o Brasil num cenário de autonomia.
É de fundamental relevância conhecer o processo histórico do petróleo no Brasil. Sendo assim, podemos comentar as ações executadas pelo governo de Getúlio Vargas na década de 30, quando nacionalizou as jazidas de petróleo,portanto, toda atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros.
Ainda nasce nesse mesmo ano o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. O decreto que instituiu a (CNP), também declarou de utilidade pública o abastecimento nacional de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transportes, distribuição e comércio de petróleo e derivado e o funcionamento da indústria de refino
No dia 29 de julho de 1938, foi iniciada a prospecção de petróleo no poço de Lobato região do Recôncavo Baiano. Mas somente no ano de 1939, o petróleo veio à tona. Foi considerada uma exploração subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas. No início da década de 40, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias o primeiro a produzir petróleo em nosso território, a indústria de petróleo dar seus primeiros passos.
No ano de 1953, com a expansão das atividades petrolíferas uma intensa campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou a lei 2004, que instituiu o monopólio estatal das pesquisas, lavra, refino, e transportes de petróleo e seu derivados e criou a PETRÓLEO BRASILEIRO S/A.No ano de 1963,o monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importações, exportação de petróleo e seus derivados.
O Brasil na década de 60, iniciou através da PETROBRAS as atividades offshore com a descoberta do campo de Grarecema, em Sergipe. Entretanto, foi em campos, no litoral fluminense, que a PETROBRAS descobriu a bacia que se tornou a maior produtora de petróleo do país. O campo inicial foi o de Garoupa
A flexibilização do monopólio foi um outro fato importante na história do Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei de 9478 que permitiu a presença de outras empresas competindo em todos os ramos com a PETROBNRAS. Nesse contexto o monopólio deixa de existir surgindo a Agência Nacional do Petróleo, isto marca um novo panorama para empresa PETROBRAS que passa a ser uma concessionária.

Brasil já tem mais de 180 milhões de habitantes

Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. E mais: pela Revisão 2004 da Projeção de População do IBGE, em 2062, o número de brasileiros vai parar de aumentar.

Em janeiro de 2004, a população brasileira ultrapassou os 180 milhões de habitantes. Esta é uma das conclusões da Revisão 2004 da Projeção da População realizada pelo IBGE, a primeira a incorporar as taxas de natalidade e mortalidade calculadas a partir do Censo 2000 (divulgadas em dezembro do ano passado), além das Estatísticas de óbitos do Registro Civil 1999-2001 e da PNAD 2001. Esses estudos demográficos demonstram que as famílias estão tendo cada vez menos filhos: em 1960, a média era de seis filhos por mulher, caiu para 2,89 em 1991 e, em 2000, para 2,39. A projeção para 2004 é de 2,31 e, em 2023, a média deverá ser de 2,01 filhos por mulher – ou seja, a mera reposição das gerações. A população continuará crescendo, embora a taxas cada vez menores: dos 3% ao ano entre 1950 e 1960, a taxa caiu para 1,44% ao ano em 2004, cairá para 0,24% em 2050 e, finalmente, para zero em 2062, quando a população brasileira começará a se reduzir.

Se o crescimento da população permanecesse no mesmo ritmo dos anos 50, seríamos, hoje, 262 milhões de brasileiros. Mas, desde então, nossa taxa de fecundidade diminuiu, devido às transformações ocorridas na família brasileira, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e a popularização dos métodos anticoncepcionais. Em 2000, uma média de 2,39 filhos por mulher, o Brasil estava na 75ª posição entre os 192 países ou áreas comparados pela ONU.

Seis milhões de mulheres a mais

As proporções entre a população masculina e feminina vêm diminuindo paulatinamente no Brasil. Em 1980, haviam 98,7 homens para cada cem mulheres, proporção que caiu para 97% em 2000 e será de 95% em 2050. Em números absolutos, o excedente feminino, que era de 2,5 milhões em 2000, chegará a seis milhões em 2050. Já a diferença entre a esperança de vida de homens e mulheres atingiu 7,6 anos em 2000 – sendo a masculina de 66,71 anos e a feminina de 74,29 anos.

Os avanços da medicina e a melhoria nas condições gerais de vida da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros, que aumentou 17 anos entre 1940 e 1980 (de 45,5 para 62,6 anos, respectivamente). Em 2000, esse indicador chegou aos 70,4 anos, e deverá atingir os 81,3 anos em 2050, praticamente o mesmo nível atual do Japão (81,6 anos), o primeiro colocado no ranking. O Brasil está em 89º lugar entre os 192 países ou áreas estudados pela ONU. A média mundial para a esperança de vida ao nascer era de 65 anos, em 2000, e deverá atingir os 74,3 anos entre 2045 e 2050.

Mortalidade infantil continua alta

Desde meados da década de 1940, a mortalidade infantil vem diminuindo no Brasil, devido às campanhas de vacinação em massa, à disseminação dos antbióticos e, mais recentemente, aos exames pré-natais, às campanhas de aleitamento materno e aos agente comunitários de saúde, entre outras medidas, governamentais ou não. Em 1970, tínhamos em torno de 100 óbitos para cada mil menores de um ano nascidos vivos. Em 2000, a taxa caiu para 30 por mil, um patamar ainda alto, se considerarmos, por exemplo, os países vizinhos: 21 por mil na Argentina, 12 por mil no Chile e 15 por mil no Uruguai. No ranking dos 192 países ou área estudados pela ONU, o Brasil ocupa a 100ª posição.

Menos jovens e mais idosos

A queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando uma mudança nas estrutura etária, com a diminuição relativa da população mais jovens e o aumento proporcional dos idosos. Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20,2 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos.

Outra comparação importante: em 2000, 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, e os maiores de 65 representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da população brasileira. Tais números revelam a importância cada vez maior das políticas públicas relativas à previdência, diante do crescente número de indivíduos aposentados, em relação àqueles em atividade. Também tornam-se cada vez mais importantes as políticas de Saúde voltadas para a Terceira Idade: se em 2000 o Brasil tinha 1,8 milhão de pessoas com 80 anos ou mais, em 2050 esse contingente poderá ser de 13,7 milhões.

População do Rio de Janeiro ultrapassa os seis milhões

Manaus subiu da nona para a oitava posição, entre os dez municípios mais populosos do Brasil, ultrapassando Recife. Com 818 habitantes, Borá continua sendo o município brasileiro com a menor número de habitantes.

Em cumprimento à lei n° 8.443, de 16 de julho de 1992, o IBGE divulga as Estimativas das Populações Residentes nos 5.560 municípios brasileiros. Em relação ao ano passado, houve aumento de população em 72,6% dos municípios brasileiros e diminuição em 27,2% deles, enquanto em apenas nove (0,2%), não houve alterações.

A Lei N° 8.443 1, de 16 de julho de 1992 determina que o IBGE deve divulgar suas estimativas anuais das populações municipais até 31 de agosto, e que esses dados podem ser questionados pelas partes interessadas até vinte dias depois. Em 31 de outubro, o instituto encaminhará a relação das populações municipais ao Tribunal de Contas da União.

Pelas projeções de 2004, percebe-se que aumentou ligeiramente o número de municípios brasileiros com menos de cinco mil habitantes: eram 1.327 e passaram a ser 1.359. Em relação a 2003, também há mais três municípios com entre cinco mil e dez mil habitantes. O maior crescimento foi do número de municípios com entre 20 mil e 50 mil habitantes: de 964 em 2003 para 1010 em 2004. O Brasil também tem mais três municípios – Feira de Santana (BA), Cuiabá (MT) e Sorocaba (SP) – com entre 500 mil e um milhão de habitantes e mais um município – Campinas (SP) – com população acima de um milhão.

1Art. 102. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou entidade congênere fará publicar no Diário Oficial da União, até o dia 31 de agosto de cada ano, e para os fins previstos no inciso VI do art. 1° desta lei, a relação das populações por Estados e Municípios.

1° Os interessados, dentro do prazo de vinte dias da publicação, poderão apresentar reclamações fundamentadas à Fundação IBGE, que decidirá conclusivamente.

2° Até o dia 31 de outubro de cada ano, a Fundação IBGE encaminhará ao Tribunal de Contas da União a relação referida neste artigo

Sistema Economico financeiro

Capitalismo

A sociedade capitalista foi gestada em meio à dissolução da ordem feudal, particularmente na Inglaterra e o noroeste europeu mais desenvolvido (nos demais países a dissolução do feudalismo deu lugar a estados absolutistas, onde as revoluções burguesas adviriam quase dois séculos depois da inglesa, de 1640-60). O enfraquecimento da relação de servidão e da renda como relação de produção predominante, e a concomitante expansão da produção de mercadorias que acabou por quebrar o isolamento dos feudos e levou à formação de um mercado unificado dentro do arcabouço institucional do Estado-nação burguês. Inicialmente as utopias construídas a partir da idéia de abolição da servidão preconizavam uma sociedade organizada sob a égide do interesse coletivo, de cunho socialista. No entanto, as revoltas populares inspiradas nessa idéia foram derrotadas (das guerras camponesas européias à liquidação dos Levellers na Inglaterra) e acabou se implantando um processo diametralmente oposto: a eliminação das terras comunais através dos cercamentos e sua transformação em propriedade com o consequente assalariamento dos trabalhadores, que veio a ser a nova relação de produção predominante.

A generalização da forma-mercadoria é a tendência fundamental e força motor do capitalismo, procurando produzir sempre mais valores de uso enquanto valores de troca na forma de mercadorias mediante trabalho assalariado. Os estágios de desenvolvimento se definem precisamente de acordo com as condições em que tal tendência pode se concretizar. Nos primórdios do capitalismo, em seu estágio extensivo, a expansão da produção de mercadorias se dá primordialmente pela extensão do assalariamento às relações pré-capitalistas: servos, produção para subsistência, produtores independentes, acrescida do efeito do aumento da produtividade.

A regulação do capitalismo se dá por uma relação dialética do mercado, que através dos preços regula a quantidade e as técnicas de produção de mercadorias e a intervenção necessária ainda que antagônica do Estado que assegura as condições institucionais e a infraestrutura para o funcionamento da produçào de mercadorias e em última análise, da reprodução da sociedade capitalista.

A construção da ideologia liberal

Além da coerção e a violência, a sociedade capitalista lança mão de uma ideologia destinada a conseguir a dominação consentida da burguesia sobre as classes subalternas. As sociedades anteriores inscreviam as relações de classe em sua constituição; a sociedade burguesa as escamoteia atrás das idéias do 'bem comum' (Commonwealth), interesse coletivo, liberdade e igualdade (apoiada na igualdade formal) entre os indivíduos da sociedade que então são induzidos ao comportamento racional. A forma política precípua da sociedade burguesa é a democracia, que em épocas de crise e fallhas no domínio da ideologia pode se transformar em ditadura.


Capitalismo no Brasil

A base material da reprodução da sociedade brasileira é capitalista, na medida em que a partir de 1850 (Lei das Terras; suspensão do tráfico negreiro) o trabalho assalariado torna-se predo○miinante e generalizado. O princípio da acumulação fica no entanto subordinado ao princípio da expatriacão, resultando em acumulação entravada e perpetuando o padrão de expatriação de excedente, coondição da reprodução da sociedade de elite de extração colonial.

Capitalismo

Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.

Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo

Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

Segunda Fase: Capitalismo Industrial

No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.

O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato.

Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.

Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro

Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.

Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.

Haiti

Nome oficial: República do Haiti

Organização do Estado: República presidencialista

Capital: Porto Príncipe

Área: 27,750 Km2

Maiores cidades: Porto Príncipe, Jacmel, Gonaïves e Cap Haïtien

População (2005): 8,121 milhões

Unidade monetária: Gourde
Geografia e População

O Haiti ocupa o oeste da ilha de Hispaniola (a República Dominicana situa-se na porção oriental da ilha), no mar do Caribe. Seu relevo é montanhoso e a agricultura é a base da economia. É a nação mais pobre do continente americano e apresenta uma das mais elevadas densidades populacionais do mundo. O Haiti apresenta duas planícies montanhosas, que fecham o Golfo de Gonaives e são separadas por vales e outras planícies. A região sul é montanhosa, e lá está localizado o ponto mais alto do país, o Pico La Selle. O rio mais importante de todo o território haitiano é o Artibonite, que se origina na península do norte. Seu clima é tropical, caracterizado pela pouca variação de temperatura nas estações do ano. A temperatura média anual gira em torno de 27ºC e chuvas caem em maior quantidade nas zonas montanhosas.

Os idiomas adotados no Haiti são o francês e o créole. Noventa e cinco porcento da população é negra, sendo os 5% restantes mulatos e brancos. Ainda que haja uma força de trabalho estimada em 3,6 milhões, há escassez de mão-de-obra qualificada, e o índice de analfabetismo é de 47,1%. O Haiti sofre com uma altíssima taxa de desemprego e subemprego; mais de dois terços da população em empregos informais.
Sistema Político

Em fins de 2003, um movimento unindo partidos políticos oposicionistas, organizações civis e o setor privado começou a clamar pela renúncia do Presidente Aristide. A despeito de várias iniciativas diplomáticas da CARICOM e da Organização dos Estados Americanos, uma rebelião armada eclodiu em fevereiro de 2004. Na iminência de um banho de sangue, Aristide partiu para o exílio.

Em 31 de janeiro de 2004, a Comunidade Caribenha (CARICOM) ofereceu-se como mediadora e apresentou um Plano de Ação Preliminar. Tal Plano, que contava com a concordância de Aristide, previa reformas amplas, incluindo um novo gabinete. A oposição, no entanto, recusou-se a tomar parte nos planos.

O então Primeiro-Ministro Yvon Neptune tomou a iniciativa de implementar uma variante do plano proposto pela CARICOM para a instalação de um Governo Transitório. Na noite de 29/2, o Representante Permanente do Haiti junto às Nações Unidas submeteu ao Conselho de Segurança cópia da carta de renúncia de Aristide e um pedido de assistência. Na mesma noite, foi aprovada, pelo CSNU, a Resolução 1529 (2004), que autorizou tropas estrangeiras a entrarem em território haitiano.

Em 4 de março, foi nomeado o "Conselho Tripartite", que foi incumbido de selecionar sete pessoas eminentes que formariam o "Conselho de Sábios", o qual, por sua vez, selecionaria um novo Primeiro-Ministro.

Em 5 de março, o "Conselho de Sábios" foi escolhido e, em 9 de março indicou Gérard Latortue como Primeiro-Ministro.

Nos dias subseqüentes, o Primeiro-Ministro Interino do Haiti, juntamente com o Conselho de Sábios, nomeou o restante do governo entre técnicos reconhecidos por sua competência e não pela filiação partidária. Os 13 membros do Ministério foram empossados em 17 de março.
Poder Executivo
Chefe de Estado

Presidente Interino Boniface Alexandre (desde 29 de fevereiro de 2004) que, como Chefe da Suprema Corte, sucedeu constitucionalmente Aristide.
Chefe de Governo

Primeiro Ministro Interino Gerald Latortue (desde 12 de março de 2004), escolhido pelo Conselho extraconstitucional de Pessoas Iminentes.
Eleições

Presidente eleito por voto popular para um mandato de 5 anos. As próximas eleições serão realizadas em novembro de 2005. O primeiro ministro é apontado pelo presidente e ratificado pela Assembléia Nacional.
Poder Legislativo

A Assembléia Nacional do Haiti (Assemblee Nationale) é bicameral, composta pelo Senado (27 membros com mandato de 6 anos, e 1/3 eleito a cada dois anos) e pela Câmara dos Deputados (83 membros eleitos pelo voto popular para mandato de quatro anos). A Assembléia Nacional parou de funcionar em janeiro de 2004, quando o mandato de todos os Deputados e de dois terços dos Senadores se expiraram. Substitutos não foram eleitos e o Presidente está atualmente governando por decreto.
Eleições

Eleições para o Senado e para a Câmara do Deputados serão realizadas em 2005.
Poder Judiciário

A instância máxima do judiciário haitiano é a Suprema Corte (Cour de Cassation).
Economia

Composição setorial do Produto Interno Bruto: Agricultura (30%), indústria (20%), serviços (50%).
Pauta de exportação (2003)

Vestuário e seus acessórios, de malha (71,4%), vestuário e seus acessórios, exceto de malha (10,5%), frutas, cascas de frutas e de melões (2,3%), demais produtos (15,8%).
Pauta de importação (2003)

Vestuários e seus acessórios, de malha (13,9%), cereais (11,8%), veículos automóveis, tratores e ciclos (6,9%), gorduras, óleos e ceras animais e vegetais (4,6%), combustíveis, óleos e ceras minerais (4,4%), demais produtos (58,4%) .
Principais parceiros comerciais (2003)

EUA (77,9 %), República Dominicana (8,9%), Canadá (5.3%).
Indicadores econômicos

Estima-se que o PIB haitiano totalize US$ 4,3 bilhões em 2004. As exportações estimadas para o mesmo ano totalizam US$ 338,1 milhões e as importações, US$ 1,085 bilhões. A taxa anual de inflação estimada para 2004 é de 22%.
Relações bilaterais

O Brasil enviou duas missões diplomáticas de alto nível para contatos com dirigentes de países da Caricom e com as forças políticas haitianas. Nos encontros mantidos, verificou-se a grande preocupação no Caribe com a situação no Haiti, e também grande disposição para ajudar a reintegrar o país à região. A recepção da notícia de que o Brasil estava disposto a participar da Força de Estabilização das Nações Unidas foi excelente. Todos os interlocutores vêem a participação brasileira como muito positiva e mesmo essencial para assegurar que a reconstrução e a redemocratização do Haiti se dêem de forma respeitosa da soberania haitiana e coordenada com os países da Caricom.

O Brasil já está presente no Haiti com contingente de 1200 homens e o General Augusto Heleno Pereira Ribeiro comanda a força militar da MINUSTAH. Diversos países da América do Sul mostraram interesse em coordenar-se com o Brasil e contribuir com tropas para a Missão da ONU (Argentina, Uruguai, Paraguai, Uruguai, Chile, e Peru). O Paraguai e a Guatemala desejam integrar seus efetivos ao contingente brasileiro e ficariam, em tal caso, sob o comando do General de Brigada Américo Salvador de Oliveira, Comandante da Brigada Brasil na MINUSTAH.

Na semana de 23 a 28 de agosto de 2004, ampla missão multidisciplinar brasileira, encabeçada pela Agência Brasileira de Cooperação e englobando inúmeros representantes do Executivo e do Judiciário, visitará o Haiti, onde se reunirá com autoridades do Governo de transição para identificar áreas nas quais poderá ser estreitada a cooperação entre os dois países. Busca-se , por meio dessa cooperação, apoiar o Governo de Latortue na recuperação de estradas vicinais, no desenvolvimento de tecnologias agrícolas, nas áreas de saúde pública (treinamento de multiplicadores e vacinação em massa), treinamento de magistrados e criação de cartórios, aperfeiçoamento da educação, entre outras atividades. No dia 25 de agosto, no âmbito dessa missão, chegará ao Haiti uma usina modelo de beneficiamento de castanhas de caju, que será doada pela EMBRAPA ao povo haitiano.

Do ponto de vista bilateral, o Brasil pode contribuir significativamente na busca de uma solução para a crise, especialmente participando de missão que eventualmente venha a ser enviada ao país para apoiar a preparação de eleições, que são ponto crucial das providências para reconduzir a situação política à normalidade.
A missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti - MINUSTAH

Em relatório divulgado em 19 de abril de 2004, o Secretário-Geral das Nações Unidas recomendou uma missão multidimensional para, com enfoques tanto no curto quando no médio e longo prazos, auxiliar na solução dos problemas do país e atacar suas causas.

As principais áreas de assistência identificadas foram:

* Diálogo nacional e reconciliação
* Processos eleitorais
* Construção de instituições
* Combate ao tráfico de drogas
* Programas de desarmamento, desmobilização e reintegração de ex-combatentes
* Respostas à violência contra as mulheres
* Garantia do abastecimento de alimentos
* Restauração da saúde pública
* Combate ao HIV/AIDS
* Apoio à educação
* Apoio à preservação do meio ambiente
* Programas de geração de emprego

A MINUSTAH foi criada pela Resolução 1542 (2004) do Conselho de Segurança, aprovada em 30 de abril.

O mandato da MINUSTAH divide-se, de acordo com o parágrafo 7 da, em três partes:

1. Estabelecer um ambiente seguro e estável (é a parte colocada sob o escopo do Capítulo VII)

2. Apoiar o processo político, inclusive a realização de eleições na data mais próxima possível

3. Apoiar, monitorar e informar a respeito da situação de Direitos Humanos.

Além disso, a MINUSTAH deve coordenar-se com outros parceiros (OEA, por exemplo) para auxiliar o Governo transitório na investigação de violações de Direitos Humanos e do Direito Humanitário, e desenvolver uma estratégia para a reforma e fortalecimento do Judiciário haitiano (parágrafo 9). Deve, também, auxiliar a prover e coordenar a assistência humanitária e o acesso de agentes humanitários à população necessitada (parágrafo 10).

Por fim, o sistema das Nações Unidas como um todo, outros órgãos (OEA, CARICOM) e outros Estados devem contribuir para a promoção do desenvolvimento econômico e social do Haiti, em particular no longo prazo, de forma a alcançar a estabilidade e combater a pobreza (parágrafo 13) e auxiliar o Governo Transitório do Haiti no desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo de desenvolvimento.
Principais Acordos Bilaterais em vigor

Convenção de Arbitramento: 21/11/1912

Acordo Administrativo para a Troca de Correspondência Oficial em Malas Diplomáticas, por Via Comum: 19/03/1951

Acordo Administrativo para a Troca de Correspondência Oficial em Malas Diplomáticas Especiais por Via Aérea: 23/5/1951

Convênio de Intercâmbio Cultural: 5/5/1973

Protocolo de Intenções para o Desenvolvimento de Programas de Cooperação nas Áreas de Energia e Mineração: 26/9/83

Acordo sobre a Criação da Comissão Mista Brasil-Haiti: 14/9/84

Fonte: www2.mre.gov.br
Haiti

Haiti — Haïti — Republic of Haiti
Nome oficial do Haiti

République d'Haïti - Repiblik Dayti.
Capital do Haiti

Porto Príncipe (Port-au-Prince).
Nacionalidade do Haiti

Haitiana.
Idioma do Haiti

Francês e crioulo (oficiais). Francês é a língua oficial, embora 90% da população fala crioulo - um dialeto que combina o francês com vários dialetos africanos.
Religião do Haiti

Cristianismo 96,1% (católicos 80,3%, protestantes 15,8%), sem filiação 1,2%, outras 2,7% (1982). A religião oficial é a católica, mas a influência africana é arcante em práticas religiosas como o vodu.
Localização do Haiti

Leste da América Central.
Características do Haiti

Ocupa a parte oeste da ilha Hispaniola - costa recortada pelo golfo de Gonaïves e com várias ilhas (Gonaïves e de la Tortue, principais); relevo montanhoso com maciços (N e S); planalto central e planície (SE).
População do Haiti

7,4 milhões (1997); composição: afro-americanos e eurafricanos 96%, europeus meridionais 3%, outros 1% (1996).
Principais Cidades do Haiti

Carrefour, Delmas, Cap Haïtien.
Patrimônios da humanidade

Parque Histórico Nacional com o Palácio de Sans Souci; o Sítio Ramiers; e La Citadelle.
Divisão administrativa do Haiti

9 departamentos subdivididos em distritos e comunas.
Moeda (numismática) do Haiti

Gourde. Código internacional ISO 4217: HTG. O gourde é a unidade monetária do Haiti e está dividida em 100 cêntimos. A palavra "Gourde" significa uma americana tropical evergreen that produces large round gourds...

Localizado no Caribe, Haiti é banhado ao norte pelo Oceâno Atlântico e ao sul pelo Mar do caribe, a oeste da República Dominicana.

O Haiti é a primeira colônia de maioria negra a conquistar a libertação dos escravos, em 1794, e a independência, em 1804.

Ocupa o lado oeste da ilha Hispaniola (a República Dominicana tem os outros dois terços da ilha), no mar do Caribe. Seu relevo é montanhoso e a agricultura, a base de sua economia.

É o primeiro território americano a ser descoberto por Cristóvão Colombo!

É o país mais pobre da América Central. Nos últimos anos apresenta ligeiro avanço na qualidade de vida de sua população. A taxa de analfabetismo, por exemplo, que em 1985 era de 62%, diminui para 55% em 1995.
História do Haiti

A ilha Hispaniola é descoberta por Cristóvão Colombo em 1492. Os espanhóis ocupam, de início, apenas o lado oriental. No final do século XVI, quase toda a população de índios arauaques havia sido dizimada.

A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, é cedida à França pela Espanha em 1697 e renomeada Saint Domingue.

No século XVIII é a mais próspera das colônias francesas: graças aos escravos africanos, exporta açúcar, cacau e café. Foi entre 1795 a 1804, uma colônia francesa. Em 1844, a parte oriental da ilha tornou-se República Dominicana.
Ex-escravos no poder

Influenciados pela Revolução Francesa, os escravos - cujo número superava em dez vezes o de franceses e mestiços - se rebelam em 1791 e três anos depois conquistam a abolição da escravatura.

O ex-escravo Toussaint L'Ouverture comanda em 1794 um exército local que defende a colônia contra forças inglesas e espanholas, ganhando para a França o domínio de toda a ilha.

Em 1801, Toussaint convoca uma Assembléia que o nomeia governador vitalício e promulga uma Constituição, mas logo depois é preso e enviado à França, onde morre.

Os generais Jacques Dessalines e Alexandre Pétion expulsam definitivamente os franceses em 1803, e a independência é declarada em 1804.

Dessalines proclama-se imperador, mas, após seu assassinato, em 1806, o país se divide em dois, e a parte oriental (atual República Dominicana) é retomada pela Espanha.

Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer consegue reunificar a nação, mas a união não sobrevive a sua derrubada em 1844.

Para proteger seus privilégios comerciais no país, os EUA ocupam o Haiti entre 1915 e 1934, favorecendo a elite mulata Haitiana, que vive em conflito com a população negra.
Duvalierismo

Após novo período de instabilidade, o médico negro François "Papa Doc" Duvalier é eleito presidente em 1957 e instaura uma ditadura baseada no terror dos tontons macoutes (bichos-papões), sua guarda pessoal, e no vodu - culto originário do Benin (África), semelhante ao candomblé.

Presidente vitalício a partir de 1964, Papa Doc, como Duvalier fica conhecido, extermina a oposição e persegue a Igreja Católica. Sua morte, em 1971, conduz ao poder seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc.

Ao final de 15 anos de desequilíbrio econômico e social, repressão política e corrupção, os protestos populares se intensificam e, em 1986, Baby Doc foge para a França, deixando em seu lugar uma junta chefiada pelo general Henri Namphy.
Aristide deposto

Sob nova Constituição realizam-se eleições presidenciais livres em dezembro de 1990, vencidas pelo padre de esquerda Jean-Bertrand Aristide.

Empossado em fevereiro de 1991, Aristide é deposto em setembro em um golpe de Estado liderado pelo general Raoul Cédras.

A ONU e os EUA impõem sanções econômicas ao país para forçar a volta de Aristide, que, em julho de 1993, assina um pacto com Cédras, em Nova York, prevendo seu retorno ao cargo.

Em outubro, grupos paramilitares impedem o desembarque de soldados norte-americanos de uma Força de Paz da ONU no Haiti.

O crescimento do êxodo de refugiados Haitianos para os EUA aumenta as pressões de Washington pela volta de Aristide. Em maio de 1994, o Conselho de Segurança da ONU decreta o bloqueio total ao país.

Os EUA denunciam como ilegal a manobra da junta Haitiana que colocara o civil Émile Jonassaint na Presidência e em julho obtêm autorização da ONU para uma intervenção militar no Haiti.
Intervenção norte-americana

O ex-presidente e mediador dos EUA Jimmy Carter obtém um acordo com Cédras: em troca de anistia, os militares deixam o poder, e tropas norte-americanas entram no país em setembro de 1994 para assegurar o retorno à legalidade.

Aristide volta e reassume como presidente em outubro, escolhendo Smarck Michel seu primeiro-ministro. Em março de 1995, as forças dos EUA começam a ser substituídas por soldados da ONU. O Exército é dissolvido em abril.

O Movimento Lavalas - uma aliança de três partidos ligados a Aristide - ganha a maioria das cadeiras nas eleições legislativas de junho de 1995 e, em dezembro, seu candidato René Préval é eleito presidente com 87,9% dos votos.
Novo governo

A posse de Préval, em 7 de fevereiro de 1996, é a primeira no Haiti em que um presidente eleito entrega o poder a um sucessor também escolhido em eleições.

No final do mês, o economista Rony Smarth é aprovado primeiro-ministro pelo Congresso.

Em março, Préval anuncia plano de privatizar as estatais, desencadeando uma onda de protestos. Em agosto, o Lavalas é responsabilizado pelo assassinato de dois líderes direitistas.

Aristide, que anuncia sua intenção de concorrer à Presidência no ano 2000, afasta-se do Lavalas e funda em novembro o movimento Família Lavalas.

Em janeiro de 1997, a República Dominicana decide expulsar os imigrantes ilegais Haitianos, mas interrompe o envio diante dos protestos do Haiti à chegada dos primeiros 16 mil deportados.

No país crescem os protestos contra a adoção de um programa de ajuste e corte de gastos públicos acertado pelo primeiro-ministro Smarth com o FMI.

Smarth sobrevive a um voto de desconfiança do Congresso, em março, mas a crise política se acentua, e menos de 10% dos eleitores votam nas eleições legislativas e municipais de abril.

Uma greve dos professores fecha as escolas do país, no qual o desemprego atinge 70% da população ativa. A fome se alastra no interior.

Smarth renuncia em junho, porém continua no cargo até outubro. Em julho, o contingente da ONU deixa o Haiti.

Em novembro, o presidente Préval indica Hervé Denis para o cargo de primeiro-ministro, decisão que ainda precisa ser ratificada pelo Congresso...

Contribuição brasileira: Em 2004, o governo do Brasil envia tropas do exército ao país para promover a paz e ajudar o povo Haitiano...

Fonte: www.girafamania.com.br
Haiti

Nome oficial: República do Haiti

Capital: Porto Príncipe

Nacionalidade: haitiana

Idioma oficial: francês e crioulo

Religião: católica 68.5% (1995)

Território: 27.797 Km2

Moeda: gourde

População: 6.964.549 (2001)

População urbana: 34% (1998)

Taxa de crescimento demográfico: 1,77% ao ano (1995-2000)

PIB (em milhões de US$): 3.800 (2000)

Renda per capita: US$ 1.000

Crescimento do PIB: 1,2% (2000)

Força de trabalho: 2,3 milhões

Exportações (em milhões de US$): 186 (2000)

Importações (em milhões de US$): 1.200 (2000)

Principais cidades: Porto Príncipe (884.472 hab), Carrefour (290.204 hab), Cap-Haïtien (102.233 hab) – Dados 1996

Produção agrícola – Principais produtos: café, manga, cana-de-açúcar, arroz, banana, milho, batata-doce e arroz.

Pecuária: eqüinos, bovinos, caprinos, aves.
Produção industrial

Principais indústrias: alimentícia, siderurgia (ferro e aço), têxtil, petroquímica (plástico e borracha). Riquezas da terra: mármore, argila e calcário.

Principais parceiros comerciais: EUA, Japão, França, Canadá, Itália e Bélgica.
HISTÓRIA

O Haiti ocupa um terço da ilha Hispaniola (outros dois terços pertencem à República Dominicana). O país declarou-se independente, em 1804. Em 1822, anexou ao seu território a República Dominicana, mas em 1844 foi obrigado a devolver a soberania, pressionado pelas revoltas da população dominada. Em 1850, Faustin Soulouque proclamou-se imperador com o nome de Faustino I, mas foi deposto em 1859 por um movimento militar, seguindo-se um longo período de instabilidade política.

Em 1915, após o assassinato do presidente Vibrun Guillaue, os Estados Unidos ocuparam militarmente o país, onde ficaram até 1934, temendo que seus investimentos fossem prejudicados. A paz política voltou a ser perturbada em1946, com a derrubada do então presidente Lescot. Seguiram-se os mandatos de Dumarsais Estimé e de Pablo Eugenio Magloire. Este último renunciou, criando uma situação caótica que se estendeu até 22 de outubro de 1957, quando subiu ao poder Francisco Duvalier. Em 1964, Duvalier (que morreu em 1971) se nomeou presidente vitalício do país.
GEOGRAFIA

O Haiti ocupa o lado Oeste da ilha de Santo Domingo (a República Dominicana está na porção Leste), uma das que formam as Grandes Antilhas, no mar do Caribe. Na região Sul está o ponto mais alto do país, o Pico La Selle (2.680m).

O clima é tropical, caracterizado pela pouca variação dos termômetros nas estações do ano. A temperatura média anual é de 27ºC, e chuvas caem em maior quantidade nas zonas montanhosas.

É a nação mais pobre do continente americano e apresenta uma das mais elevadas densidades populacionais do mundo (299,27 habitantes por km2).

Mapa do Haiti
Mapa do Haiti
POLÍTICA

O país é uma República que adota a forma mista de governo e é dividido administrativamente em nove Departamentos. O presidente é eleito pelo voto direto, para mandato de 5 anos. O primeiro-ministro é indicado pelo presidente, mas seu nome deve ser ratificado pelo Congresso.

A Assembléia Nacional do Haiti (Poder Legislativo) é bicameral. O Senado é composto por 27 membros, com mandato de 6 anos, sendo 1/3 renovado a cada dois anos. A Câmara dos Deputados é integrado por 83 membros, com mandato de quatro anos.

A Constituição em vigor data de 1987.
ECONOMIA

Cerca de 75% da população haitiana vive da agricultura, que emprega dois terços da mão-de-obra do país. O setor representa 31,2% do PIB nacional, contra apenas 7,3% das indústrias.

O fracasso dos acordos com credores internacionais, no final de 1995, resultou em aumento dos gastos públicos e alta da inflação. Essa situação fez com que os potenciais investidores nacionais e internacionais ficassem à espera do que ocorreria com o novo governo e com a saída das forças de paz da ONU.

Há necessidade de o governo impor medidas econômicas impopulares para obter a ajuda do exterior e melhorar a capacidade de o Haiti atrair o capital estrangeiro. De qualquer forma, ainda continuará dependendo, a médio prazo, da ajuda internacional.

O país exporta basicamente produtos agrícolas (9%) e manufaturados leves (81,6%). Em contrapartida, importa principalmente produtos alimentícios (28,3%), bens manufaturados (21,8%), combustível e lubrificantes (10,6%) e matérias-primas (2,4%).

As relações Brasil-Haiti têm sido bastante modestas. Há muitas áreas de cooperação possível entre o Brasil e aquele país, entre as quais atividades agropecuárias, formação de sindicatos, mineração, educação à distância, metalurgia, processamento de frutas tropicais, embalagem de alimentos, criação de micro-empresas, indústria de bens de consumo, produção de artigos artesanais, irrigação, hotelaria, turismo e sistemas de transporte coletivo.

Fonte: www.portaljapao.org.br
Haiti

Nome Oficial: Republique d'Haïti (República do Haiti)
Capital do Haiti: Porto Príncipe
Área: 27.750 km² (143º maior)
População: 8,528 milhões (2005)
Idiomas Oficiais: Francês, Creole
Moeda: Gourde
Nacionalidade: Haitiana
Principal Cidade: Porto Príncipe, Carrefour, Cap-Haïtien

Fonte: www.webbusca.com.br
Haiti

Nome oficial: República do Haiti (République d'Haïti/Repiblik Dayti).
Nacionalidade: haitiana.
Data nacional: 1º de janeiro (Independência).
Capital: Porto Príncipe.
Cidades principais: Porto Príncipe (884.472), Carrefour (290.204), Cap-Haïtien (102.233) (1996).
Idioma: francês e crioulo (oficiais).
Religião: cristianismo 92,6% (católicos 68,5%, protestantes 24,1%), outras 7,4% (1995).
Geograifia do Haiti

Localização: América Central, mar do Caribe.
Hora local: -2h.
Área: 27.400 km2.
Clima: tropical.
População do Haiti

Total: 8,2 milhões (2000), sendo afro-americanos e eurafricanos 96%, europeus meridionais 3%, outros 1% (1996).
Densidade: 299,27 hab./km2.
População urbana: 34% (1998).
População rural: 66% (1998).
Crescimento demográfico: 1,7% ao ano (1995-2000).
Fecundidade: 4,38 filhos por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida M/F: 51/56 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 68 por mil nascimentos(1995-2000).
Analfabetismo: 51,4% (2000).
DH (0-1): 0,440 (1998).
Política do Haiti

Forma de governo: República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 9 departamentos subdivididos em distritos e comunas.
Principais partidos: Organização do Povo em Luta (OPL), Movimento da Organização do País (MOP), Família Lavalas (FL).
Legislativo: bicameral - Senado, com 27 membros (1/3 renovável a cada 2 anos); Câmara dos Deputados, com 83 membros. Ambos eleitos por voto direto para mandatos de 6 e 4 anos, respectivamente.
Constituição em vigor: 1987.
Economia do Haiti

Moeda: gourde.
PIB: US$ 3,9 bilhões (1998).
PIB agropecuária: 30% (1998).
PIB indústria: 20% (1998).
PIB serviços: 50% (1998).
Crescimento do PIB: -1,7% ao ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 410 (1998).
Força de trabalho: 3 milhões (1998).
Agricultura: Os principais são o café, cana-de-açúcar, banana, milho, batata-doce e arroz.
Pecuária: eqüinos, bovinos, caprinos, aves.
Pesca: 5,6 mil t (1997).
Mineração: mármore, argila, calcário.
Indústria: alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, petroquímica (plástico e borracha).
Exportações: US$ 175 milhões (1998).
Importações: US$ 797 milhões (1998).
Principais parceiros comerciais: EUA, Japão, França, Canadá, Itália e Bélgica.
Defesa do Haiti

Gastos: US$ 47 milhões (1998).

Fonte: www.portalbrasil.net
Haiti

"Além do sol, as praias e os hotéis de luxo tem uma mistura misteriosa e assustadora de arte, história, cultura e magia. "

Haiti é um país do Caribe que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a sudoeste. Capital: Port-au-Prince.
Diversão no Haiti

Em vários balnearios de praia podem alugar-se botes para navegar a vela e esquiar Em alguns deles organizam-se programas de mergulho em profundidade completos, com instrutor e tramitação dos certificados respectivos. Nas águas de Haiti os mergulhadores esperientes poderão gozar das melhores condições do Caribe para praticar o seu esporte, pois a costa ainda não está invadida pelos turistas.
Transportes no Haiti

Haití tem quase 5.000 quilómetros de estradas, e nem todas são transitáveis durante a época de chuvas. Além do taxi, também podem-se percorrer de carro, mini-ônibus e kombis. Mas o mais barato e típico são os tap-tap, (chamados assim pelo barulho que faz o motor), pequenos caminhões abertos atrás, com assentos para os pasajeiros. Param em qualquer lugar, e a tarifa mais cara é aquela que permite-lhe ir ao lado do condutor.
Aluguel de Carros

As principais companhías de aluguel de carros têm escritórios em Porto Príncipe ou Pétionville, mas também é posível alugá-los no aeroporto. Faça conta que muitas companhías estão dispostas a oferecer tarifas especiais se pensar em alugar o veículos por una semana ou mais. Convém pois ligar com antecedência e pedir sempre um tratamento preferencials. Não é preciso uma carta de condução especial, a internacional dá perfeitamente. Lembre-se de dirigir pela direita.
Dinheiro

O Gourde é a unidade monetária das Honduras e está dividida em 100 centavos.

Por questões de segurança, a troca de moeda deve ser feita de preferência nas raras casas de câmbio.

É aconselhável o respeito dos conselhos habituais de segurança:

* não passear durante a noite ou em locais isolados
* evitar as praias desertas
* transporte consigo uma cópia do passaporte

Compras

Com um pouco de paciência e diálogo poderá conseguir magníficas obras a preços muito acessíveis em algumas das galerías e mercados de Porto Príncipe e Cabo Haitiano, principalmente.Artigos interessantes são as esculturas e talhas de madeira, artigos de mimbre, joalharía de cobre e de carey, roupa bordada a mão, objetos de ferro forjado e um rico e variado artesanato relacionado com os ritos do vudu. O principal mercado é o Mercado do Ferro em Porto Príncipe, e o mais tradicional é o de Kenscoff, perto da capital.
Capital do Haiti

Porto Príncipe (em francês Port-au-Prince e em crioulo haitiano Pòroprens) é a capital e a maior cidade do Haiti. Localiza-se no sudoeste do país e é um porto no golfo de Gonaives. A população da cidade soma 2,5 a três milhões de habitantes. Foi fundada em 1749 pelos franceses.
Clima do Haiti

O clima é tropical, com temperaturas quentes variando entre os 25 e 32 graus centigrados nas zonas costeiras. A época de chuvas extende-se de abril até novembro, normalmente são breves mas intensas.
Idioma do Haiti

O idioma oficial é o francês, embora esteja muito extendido o créole (crioulo), mistura de francês e línguas indígenas africanas. Também está muito extendido o inglês e, pela vizinhança com a República Dominicana, o espanhol.

Fonte: www.souturista.com.br